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2018, 2017 ou 2016?

Você sabia que postergaram a felicidade para além de 2016? Ao menos este foi o tom da mensagem de algumas lideranças e economistas de renome ao final do ano que passou. Apoiados em dados econômicos e sociais negativos venderam cautela aos consumidores, arrepio aos investidores, temor aos empreendedores e medo aos trabalhadores.

Confesso minha decepção com tais depoimentos. Qualquer cidadão, razoavelmente informado, sabe da gravidade da nossa realidade. O que esperávamos destes representantes eram perspectivas, uma sinalização de novos caminhos, até um desafio às nossas capacidades ou uma provocação à reinvenção coletiva. Ao optarem pelo conforto de propagadores da crise, desperdiçaram a chance de vender esperanças.

Quem aceitar aquelas projeções estará assumindo sua impotência diante das circunstâncias, resignado a sobreviver num ano declarado branco. Ficará à mercê das notícias sobre a farsa na política, a escancarada falta de ética geral ou sobre as incompetências na gestão de um Estado superdimensionado. Prefiro reconhecer o poder da percepção, da influência da sugestão, da força do protagonismo dos atores econômicos e sociais e seus efeitos no comportamento transformador desta mesma realidade.

O que faz a inflação inercial crescer sem razões concretas, contrariando as políticas econômicas? Sabemos que é o poder da memória inflacionária inserido nos comportamentos de antecipação dos agentes econômicos que altera o valor das trocas de bens e serviços sem lógica. Ou então, como explicar a importância do boato no comportamento dos investidores? Movidos pela percepção de uma ameaça hipotética, movimentam milhões em ativos, especulando ou protegendo seus patrimônios. Um simples sussurro desencadeia a consciência coletiva e ativa milhares de pessoas a agir de mesma forma.

É preciso reconhecer que, antes de sermos agentes econômicos e sociais, somos seres humanos providos de razão e emoção, com receios e coragens latentes que influenciam nosso comportamento positiva ou negativamente. Portanto, cabe aos verdadeiros líderes resgatarem a credibilidade nas pessoas, nos seus negócios e no país, gerando um fluxo de energia e atitudes à altura dos desafios esperados.

Voltando a questão inicial, proponho uma resposta simples: ao invés de projetar o futuro para o distante, comecemos a construí-lo agora mesmo, assumindo 2016 como um ano de lutas e conquistas, no qual possamos viver intensamente, sem medo de sermos felizes.

Luiz Fernando Reginato
Mestre em sociologia das Organizações
Sócio-diretor da RGM Consultoria Empresarial

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